Em um movimento que surpreendeu muitos, a Fifa anunciou que a histórica taça do antigo Mundial de Clubes, que já foi conquistada por equipes brasileiras como São Paulo (2005), Internacional (2006) e Corinthians (2012), não será aposentada. Em vez disso, o troféu será utilizado em uma nova competição internacional que começa em dezembro de 2024: a Copa Intercontinental.
Este torneio, uma versão mais enxuta do Mundial de Clubes, contará com seis participantes e será realizado anualmente. O objetivo é manter a tradição dos clubes campeões continentais se enfrentando, mas em um formato mais compacto, no qual a Fifa acredita que pode gerar maior engajamento global e novos acordos comerciais.
A primeira edição da Copa Intercontinental ocorrerá em Doha, no Catar, e marcará o retorno de uma disputa regular entre clubes de diferentes continentes. O campeonato terá início no dia 11 de dezembro, quando o vencedor da Copa Libertadores 2024, que sairá da final entre Atlético Mineiro e Botafogo, enfrentará o Pachuca, do México. Em um formato de mata-mata, o time vencedor enfrentará na semifinal o Al-Ahly, do Egito, e, se vencer, terá como adversário o poderoso Real Madrid, já classificado para a final, no dia 18 de dezembro.
A Volta da Tradição e a Nova Era Comercial da Fifa
O novo torneio, batizado de “Copa Intercontinental”, é uma tentativa da Fifa de reviver o formato que existia entre os campeões da Europa e da América do Sul, mas com a inclusão de mais clubes de outras partes do mundo. O vencedor da Copa Libertadores, por exemplo, sempre enfrentará o campeão da Concachampions (Liga dos Campeões da América do Norte e Central). Além disso, os representantes da Ásia, África e Oceania também terão vez no torneio, em um verdadeiro “mini Mundial” que promete atrair ainda mais atenção dos fãs de futebol.
A escolha do nome “Copa Intercontinental” não foi casual. A Fifa decidiu adotar essa nomenclatura histórica para preservar a tradição, já que o termo foi usado para o torneio entre os campeões da Europa e América do Sul de 1960 a 2004. No entanto, a Fifa também tem planos grandiosos para o futuro, com a criação de um novo Mundial de Clubes quadrienal, que acontecerá a partir de 2025, reunindo 32 equipes de todo o planeta. Esse evento será uma competição de maior porte e significância, e será separado da Copa Intercontinental, com foco em um mercado global e em uma receita bilionária com contratos de TV e patrocínios.
Copa Intercontinental: Uma Competição para Todos
O formato da Copa Intercontinental foi pensado para tornar o torneio mais interessante e dinâmico. Os europeus, que têm a maior parte do poder econômico e esportivo, entrarão diretamente na final, o que tem como objetivo garantir sua participação de maneira contínua e incentivar o interesse das grandes equipes do Velho Continente. Já os campeões de outros continentes (América do Sul, Concacaf, África, Ásia e Oceania) irão se enfrentar em uma fase de mata-mata, antes de enfrentarem o vencedor europeu em uma final em campo neutro, sempre em dezembro.
A Fifa também aproveitou para criar uma nova dinâmica de troféus. Cada confronto pré-final da Copa Intercontinental será denominado com um nome específico, como o “Dérbi das Américas”, que irá reunir o campeão da Libertadores com o vencedor da Concachampions, e premiará o vencedor com uma taça estilizada, similar à do campeonato, mas com cores distintas.
A Aposta Comercial e os Novos Horizontes para os Clubes
Embora a Copa Intercontinental seja uma competição de menor porte, a Fifa espera que ela abra um caminho para o novo Mundial de Clubes, que começará a partir de 2025 e será realizado a cada quatro anos. Este evento de maior escala contará com a participação de 32 times de todo o mundo e promete ser um marco na história do futebol, com previsões de arrecadação de até 2 bilhões de euros.
Para garantir o sucesso dessa nova competição, a Fifa está focando em um pacote comercial robusto, vendendo cotas de patrocínio e de transmissão tanto para a Copa Intercontinental quanto para o Super Mundial de Clubes. Com um calendário bem definido e uma clara separação entre os dois torneios, a Fifa espera transformar os clubes em grandes geradores de receita e continuar expandindo o futebol mundialmente.
O Futuro do Futebol Mundial: Mais Disputa e Mais Renda
Com essa mudança, a Fifa não só mantém viva uma tradição do futebol mundial, como também abre portas para um novo ciclo de competições internacionais, com grandes desafios e promessas de maior envolvimento dos clubes de todos os continentes. A expectativa é que o novo formato traga ainda mais emoção para os fãs, ao mesmo tempo que ajuda a fortalecer a economia global do esporte.
Fique ligado para mais atualizações sobre a Copa Intercontinental e o futuro do futebol internacional!