Vitão, um dos principais nomes do Internacional nesta temporada, esteve perto de deixar o clube durante a janela de transferências do meio do ano. Após uma negociação frustrada com o Real Betis, da Espanha, o zagueiro retornou ao time, mesmo depois de ter iniciado viagem para a Europa.
No entanto, longe de ser abalado pela situação, Vitão se manteve focado e mostrou sua força de superação. Em entrevista, o defensor revelou ter conversado com o técnico Roger Machado, reafirmando seu compromisso total com o Inter. “Voltei 110% focado aqui”, disse Vitão, que, com muito trabalho e dedicação, reconquistou seu espaço e tem sido peça chave na ótima campanha do clube no Campeonato Brasileiro.
Em uma conversa franca, Vitão revelou que sua possível transferência para o Real Betis tinha também uma conexão com o seu sonho de vestir a camisa da Seleção Brasileira. Para o zagueiro, jogar em um clube europeu poderia aumentar suas chances de ser observado pelos técnicos da Amarelinha, já que os times do continente têm mais visibilidade internacional. Vitão destacou que a decisão de aceitar a proposta foi tomada com a ideia de que seria benéfico tanto para ele quanto para o Internacional.
O defensor também fez uma reflexão sobre as dificuldades enfrentadas pelos jogadores do Sul do Brasil em comparação aos atletas do eixo Rio-São Paulo. “Nós que jogamos aqui no Sul temos que fazer o dobro para ser reconhecidos”, comentou Vitão, citando o exemplo de Alan Patrick, que, segundo ele, estaria na Seleção Brasileira se estivesse jogando em um clube do Sudeste. “Ele vem sendo nosso protagonista e, com certeza, se tivesse ido para a Europa, estaria no radar da Seleção”, completou. A fala de Vitão reflete a realidade de muitos atletas que, apesar de talento e dedicação, enfrentam um certo preconceito geográfico no futebol brasileiro.